Entre os dias 16 e 21 de Abril, o Porto Femme irá encher a cidade do Porto de revolução no feminino. A sétima edição do evento conta com programação espalhada por diferentes espaços da cidade, e com diversas propostas de programação, desde competição de curtas e longas metragens, sessões temáticas, conversas e workshops. Entre toda a oferta do evento centrado na revolução feminina, destacamos os filmes de realizadoras portuguesas em competição. Para além de todas as realizadoras a concurso, Alexandra Ramires, realizadora do BAP Animation studios, fará parte do Júri da Competição Internacional.
16 Abril| Terça-feira
15h15 | Sala 2 | Batalha Centro de Cinema
Competição Nacional A
“Morning Shadows” de Rita Cruchinho Neves | Portugal | 12’
Produção: Modo Imago
“Vivo sentado, tal um anjo às mãos de um barbeiro.” Rimbaud Considere-se a associação, sugerida por uma barbearia, entre lâmina de barba e pena de escrever, pincel de barbeiro e de pintor, água, sangue e tinta. A correspondência entre as experiências do protagonista e a manifestação das coisas elementares. A luz que percorre o espaço, trespassa os corpos de todos os encontros: nos gestos, no movimento, nas sensações. E as imagens – neste diário das coisas perdidas – são figurações de uma perda, feridas sendo cauterizadas. Morning Shadows abraça esta torrente iluminada por um sol negro que irradia luz para a viagem circular de uma vida única.
17 Abril| Quarta-feira
19h15 | Sala 2 | Batalha Centro de Cinema
Competição Nacional B
“Sopa Fria” Marta Monteiro | Portugal | 9’
Produção: Animais AVPL, La Clairiére Ouést
Uma mulher, vítima de violência doméstica, recorda os anos em que esteve casada e como foi difícil manter-se à tona.
19 Abril| Sexta-feira
19h15 SESSÃO Nº13 | SALA 2 | BATALHA CENTRO DE CINEMA
Competição Nacional C
“Telsche” de Sophie Colfer, Ala Nunu | Polónia| 8’
Produção: Pigeon Productions, COLA Animation
Situado numa vasta planície de salinas, Telsche é um filme curta-metragem em 2D que explora a memória, a perda e o amor. Trata-se da jornada que uma jovem empreende para lembrar alguém que ela esqueceu. Na sua casa, em terra, Telsche depara-se com uma imagem de sua mãe perdida sob a forma de uma pedra que ostenta o seu rosto. Ela corre para fora e vê-a nas salinas, o lugar atemporal da memória. Contudo, antes que possa alcançá-la, a sua mãe é engolida por um grande buraco esculpido na terra. Ela precisa encontrar uma maneira de segui-la na escuridão, de se reconciliar com o que perdeu. Assim, ela inunda a terra e desperta insetos brilhantes que estavam há muito enterrados no antigo sal branco. A água preenche o túnel profundo para onde sua mãe desapareceu, e Telsche segue, mergulhando nas profundezas da memória. À medida que afunda no silêncio profundo e luta pelos túneis abaixo, ela descobre, por fim, um lugar onde pode vivenciar sua tristeza, onde se reunir com sua mãe.
20 Abril| Sábado
15h15 | Sala 2 | Batalha Centro de Cinema
Competição Nacional D
“A Rapariga dos Olhos Grandes e o Rapaz de Pernas Compridas” de Maria Hespanhol | Portugal | 10’
Produção: Alibi Filmes
“A Rapariga de Olhos Grandes tinha muito para dizer e nada para escrever” (…) o Rapaz de Pernas Compridas tinha sempre muitas palavras para escrever e nada para dizer” (…). Esta é uma história de amor, repleta de encontros e desencontros, na qual reside uma presença constante em jeito de busca incessante, pelas relações de felicidade e autoestima entre os dois protagonistas.
21 Abril| Domingo
17h15 | Sala 2 | Batalha Centro de Cinema
Competição Nacional F
“O Senhor do Porto” de Tânia Marques | Portugal | 5’
Produção: Tânia Marques, FAUP
O Senhor do Porto nasceu e cresceu no Porto, bem no centro, encostado àquilo que resta da muralha Fernandina, em 1937. Ouviu falar da primeira guerra e tem breves memórias da segunda. Viu o Porto unido pela democracia. Viu a construção das quatro últimas pontes (já não verá a quinta). Viu o Porto ser considerado Património Mundial da Humanidade e Capital Cultural da Europa. Viu chegar os tão aclamados turistas. Viu-se sozinho. Vê casas abandonadas. Vê casas que passam a ser hotéis. Vê uma vizinhança diferente. Vê um Porto que nunca viu. Hoje quer viver o Porto que viu e colocar na memória o Porto que vê.